O Referencial Curricular do Ensino Fundamental em específico em matemática traz várias sugestões quanto às situações didáticas possibilitando abordar os conteúdos de forma a promover a aprendizagem dos alunos. Seguem abaixo na integra as sugestões acima citada.
Em Números e Operações o professor poderá, por exemplo, dar um enfoque histórico do surgimento dos números, das reais necessidades de suas operações; oferecer condições para que os alunos possam representar quantidades e ordens de grandezas através de propriedades numéricas; construir o significado dos números negativos e suas operações, através de análise de extrato bancário, fusos horários e outros modelos presentes no seu meio social; fazer a localização dos diversos tipos de números na reta numérica e no plano cartesiano (que poderá ser desenhado em cartolinas ou até no pátio da escola) analisando a ordenação numérica; trabalhar com a metodologia de resolução de problemas significativos para abordar as operações numéricas e expressões algébricas.
No eixo norteador de Espaço e Forma o estudo da geometria constitui um campo produtivo para a exploração de materiais concretos, talvez seja este bloco de conteúdos o que melhor valoriza os sentidos e percepções dos alunos em suas aprendizagens, pois permite que estes, partindo da observação de formas, cores e dimensões simples do seu cotidiano, possam chegar a convenções e propriedades geométricas dos objetos.
Neste contexto, o professor tem inúmeras possibilidades de abordagem dos conteúdos, pode, por exemplo, partir de desenhos à mão livre, desenho com réguas, compasso, esquadros etc., observações sistemáticas de um meio real, usar a câmara fotográfica na identificação de várias formas geométricas no próprio ambiente em que está inserido, pois há a possibilidade de ser feita uma correlação entre essa forma e as apresentadas no livro didático, recortar figuras planas, compor e decompor os poliedros; poderá, também, fazer conexões com grandezas e medidas no cálculo de perímetros e áreas, com o auxílio da fita métrica e análise de desenhos, mosaicos, pinturas e esculturas artísticas.
No estudo das Grandezas e Medidas os alunos podem medir comprimentos e outras grandezas com instrumentos pessoais; medir a massa de determinado objeto pela comparação com a massa de outros objetos. O professor pode mostrar aos alunos o tipo de relação entre grandezas dependentes (quantidade/preço, trabalhadores/tempo de conclusão de uma obra...), através de exemplos contextualizados e significativos para o aluno, explorar conteúdos da matemática financeira com aplicação no comércio; trabalhar a generalização de situações equacionáveis por processo algébrico, construindo e ampliando o conceito de variável e transportar estas ideias para valores numéricos...
Em Tratamento da Informação os alunos podem coletar o nome e a idade dos colegas de turma, organizá-los em ordem alfabética ou crescente/decrescente, representar o resultado em tabela simples; construir gráficos de barras, nome x idade, disciplina x nota, representar uma mesma variável em eixos diferentes, construir gráficos de linha, de setores (explorando inclusive porcentagem). O professor poderá explorar informações gráficas contidas em jornais, revistas; realizar experiências simples de combinações com materiais coloridos; utilizar o jogo de dados e roletas para iniciar o estudo das probabilidades; calcular a média de idade dos alunos da turma, a média das notas obtida pelos alunos em uma disciplina num determinado bimestre.
Além desses recursos, o professor deve cobrar dos alunos uma postura diferenciada, de modo que ele (aluno) possa:
- Buscar elementos necessários para a resolução de um problema, mais importante que a simples resolução de um exercício que exija uma resposta pronta. Por exemplo: a tentativa, pelo aluno, de descobrir a área de sua sala ou de sua quadra de esporte, o volume da caixa d'água, ou o comprimento do muro de sua escola, faz com que ele assimile com muito mais rapidez, e de forma definitiva, a idéia do cálculo de área, volume e perímetro; Pensar, raciocinar, relacionar idéias, descobrir que ele é o principal agente na construção do seu próprio conhecimento. Por exemplo, jogos, desafios, quebra-cabeças, adivinhações, charadas, problemas curiosos, brincadeiras etc, auxiliam o aluno a pensar logicamente, a relacionar idéias e a realizar descobertas de formas autônomas, em lugar de simplesmente imitar repetir e seguir o que o próprio professor faz, explica e ensina;
- Valorizar-se levando em conta a experiência acumulada por ele durante toda sua vivência, e a partir daí iniciar o trabalho de construção e aplicação dos conceitos matemáticos; Realizar o cálculo mental, cálculo escrito e estimativa.
Bibliografia.
Referencial Curricular do Ensino Fundamental das escolas públicas do Estado do Tocantins: Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano. 2ª Edição / Secretaria de Estado da Educação e Cultura. -TO: 2008.
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